sábado, 13 de fevereiro de 2016

sussurro no ouvido



Deixe-me ser uma gota da sua liberdade
 uma ferramenta de seu suspiro
 inquirir-te se a tomo ou se piro
 num ritmo saturado de maldade

 deixe-me ter teu corpo em minhas mãos até bem tarde
e libertar tua'lma nua em pelo
 então a pele pela pelo apelo
do toque, do cheiro que o sangue arde

Deixe-me pouco a pouco matar teu ego
 mergulhar-te na paixão que (docemente) carrego
 até que não mais lembre quem tu é
 presa num carinho, um cafuné

 mas me lembre como um devaneio de Morpheus
 sem saber direito o que aconteceu
 deixo um amor que não amadureceu
 e o sabor efêmero de um adeus

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