sábado, 13 de fevereiro de 2016

Poesia sem nome



Nunca escrevi para ti, mas nao foi por mal
cada letra por mim arquitetada teve você no fundo
no papel imuno, cheio e sujo de grafite
testemunham que na poesia, de mim voce esteve sempre junto
e ainda mais, nas minhas manhas lá estava voce
e nas lembranças avulsas, na calmaria
e nas minhas orações no terminar do dia

mas mesmo assim, nada te enderecei
em prosa e em poesia, ambas teu nome desconhece
e minha escrita, assim, padece
sofre e chora a falta da declaraçao que merece
nao por ti hesito, mas a mim desafio
nao acredito nem confio
em minha capacidade de te dizer
na capacidade das palavras de expressar
na capacidade da folha branca de comportar
na capacidade da poesia de ser
tão precioso, tão vivo, tão passado, tão futuro
tão puro
que queima as outras palavras imperfeitas para descrever
como deve ser minha poesia para você

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