Meio encabulado, tímido, pé ante pé
caminhei até o encontro
Surpreso, parei atordoado e perdi o
ar, abatido pela luz do teu sorriso
E bem recebido, tomei coragem, sem
conseguir segurar um sorriso fugitivo
Ah, menina, roubar meu ar e o
sorriso assim não é certo
E a espera foi recompensada pelos
olhinhos cerrados e perigosos
De um castanho tão vivido quanto
toda uma floresta
Tão profundos e intensos que sinto
como se eu fosse me perder e afundar para sempre
Ah moça, andar com joias tão
preciosas não é certo
Então conversamos sobre o céu
branco, rindo e rubreando
E cada movimento, cada balanço
elegante como um floco branco
Dançando e hipnotizando, alegre como
uma ciranda enquanto cai
Ah mulher, roubar todo meu chão e
meu mundo não é certo
Mas veio a silenciosa e impiedosa
bruma, falando que já era hora
Como um frágil pássaro, agitou as
asas e se foi
Deixou uma pena preta no chão como
uma cruel e inesquecível lembrança
Ah, pássaro negro, agora nem sei mais o que é certo, mas quero
voar ao teu lado
Como
duas sombras, em direção da lua-Para: Julia
Nenhum comentário:
Postar um comentário