sábado, 13 de fevereiro de 2016

Poema do coreto



 numa praça qualquer, onde nenhuma banda toca mais
 senhores calmos conversam em silenciosas guerras de damas
 um casal, apaixonado, se abraça sentados na grama
e uma rodinha de jovens discute (apaixonadamente) seus ideais

 e o coreto, embora pareça abandonado, entregue às ervas daninhas
tenha sido cenário de diversos amores de chuva e brigas pacificas
 permanece como um eterno monumento as amizades velhas e a musicas
e a aquela preguiça gostosa que toma todos que entram na pracinha

eis então que surge um violão que começa a tocar cazuza
 e tantos começam a cantar (alguns, mentalmente) com vozes confusas
jovens, velhos, apaixonados, como se cantassem um hino conhecido
um hino dizendo que o coreto pode estar vazio, mas não esquecido

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