numa praça qualquer, onde nenhuma banda toca
mais
senhores calmos conversam em silenciosas
guerras de damas
um casal, apaixonado, se abraça sentados na
grama
e uma
rodinha de jovens discute (apaixonadamente) seus ideais
e o coreto, embora pareça abandonado, entregue
às ervas daninhas
tenha
sido cenário de diversos amores de chuva e brigas pacificas
permanece como um eterno monumento as amizades
velhas e a musicas
e a
aquela preguiça gostosa que toma todos que entram na pracinha
eis
então que surge um violão que começa a tocar cazuza
e tantos começam a cantar (alguns,
mentalmente) com vozes confusas
jovens,
velhos, apaixonados, como se cantassem um hino conhecido
um
hino dizendo que o coreto pode estar vazio, mas não esquecido
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