terça-feira, 14 de setembro de 2010

Field of Innocence

Field Of Innocence

I still remember the world
From the eyes of a child
Slowly those feelings
Were clouded by what I know now

Where has my heart gone
An uneven trade for the real world
Oh I... I want to go back to
Believing in everything and knowing nothing at all

I still remember the sun
Always warm on my back
Somehow it seems colder now

Where has my heart gone
Trapped in the eyes of a stranger
Oh I... I want to go back to
Believing in everything

[Latin]
Iesu, Rex admirabilis
Et triumphator nobilis,
Dulcedo ineffabilis,
Totus desiderabilis.

[Ben Moody]
"As the days pass by, before my face, as wars rage before me, finding myself, in these last days of existence, of this poor country, this parasite inside me, I forced it out. In the darkness of the storm lies an evil, but it's me"

Where has my heart gone
An uneven trade for the real world
Oh I... I want to go back to
Believing in everything
Oh, Where

Where has my heart gone
Trapped in the eyes of a stranger
Oh I... I want to go back to
Believing in everything

I still remember...
Tradução e Melodia: 


Hoje falarei um pouco sobre a musica postada 

A banda evanescense tem o costume de colocar em suas musicas, letras tristes, pesadas e até mesmo exageradas. Os temas, geralmente tem a ver com relacionamentos não saudáveis

Mas essa musica em especial traz o tema saudade. Vou mais alem doclichê saudosista “que saudade da minha infância”, “era feliz e não sabia” ou “que irônico, antes queria crescer rápido e agora queria voltar a ser criança”. A musica trata da saudade da época da inocência.

Por isso afirmo, a ignorância é uma benção

Isso pode soar radical, aparentemente não ter nada de similar com a musica, mas estão intimamente ligados. A musica, mais que um relato da saudade, é um lamento da perda da inocência, afirmando que não há volta. 

A inocência é perdida quando começamos a conhecer e entender um pouco o mundo. E a pior parte disso é que, depois que aprendemos sobre algo, é impossível (em partes) esquecer, ignorar a existência do conhecimento. Uma troca cruel que não pode ser desfeita. Uma vez que alguém descubra que monstros existem, esse alguém conviverá para sempre com o medo. Para sempre, algo irreversível é algo assustador.

Não bastasse isso, o conhecimento é um fardo, delega responsabilidades a quem quer que saiba, quer ele esteja pronto ou não, como “não esqueça”, “aplique”, “ajude” ou simplesmente “não revele” no caso de segredos, e mesmo assim nada garante que o que foi descoberto é agradavel.

Porem , apesar de um fardo, é absolutamente necessário e, algumas vezes recompensador ter esse conhecimento. Ao mesmo tempo que é uma maldição , é o que nos permite crescer como pessoas (em diversos aspectos). Assim só nos resta seguir em frente e lamentar a perda da inocência.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Escrever

Isso chega até a ser cômico, enquanto grande maioria dos autores imploram a suas musas pela inspiração, eu me encontro aqui, com uma revolução de idéias na cabeça, pedindo liberdade em palavras digitais. Assim fico escolhendo qual idéia irei dar forma.

Então surgiu perante mim a palavra “escrever”. Enquanto sou preso a minhas idéias, percebi que elas também são presas a mim. São tão vivas quanto eu, sempre mudando, crescendo ou regredindo. E com idéias não falo somente de opiniões e “achismos”, mas também desejos, motivações, desgostos e tudo mais. Personagens que surgem, para eu gostar ou odiar, histórias hipotéticas e a vontade de torná-las reais. Sinto como se houvessem mil vozes em mim.

Então, para escrever, não procuro colocar apenas palavras em um papel.. procuro colocar essas idéias, libertá-las de mim, uma vez que sempre estarei preso a elas. Dizem que isso é ter inspiração, outros dizem que isso é ser louco (e até esquizofrênico). Eu digo que os dois estão certos, e nem me importo de ser louco.

“O que separa a loucura da genialidade é o sucesso”

Uma coisa que eu sempre aprendi, é que as palavras tem poder, sejam escritas ou faladas. Alem do poder de libertar as idéias da mente do escritor, elas guiam essas idéias até o leitor. Dependendo da idéia, isso pode ser benéfico ou nocivo. “Tudo que foi criado pelo homem será usado para seu bem-estar, assim como será usado para tirar vantagem dos outros”.
Palavras têm o poder de incentivar, assim como tem o poder de amaldiçoar. Por isso devem ser tratadas com o máximo cuidado. Alem de idéias, viajam pelas palavras as informações, os aprendizados, que está se mostrando a maior arma de evolução que a humanidade já teve.
Então a escrita é imensamente poderosa, porem desperdiçada.

Qual o medo de mostrar ao mundo suas idéias?

Qual o medo de realizar um “brainstorm” para fazer uma redação?

Qual o medo da reação do mundo ao que saiu de uma caneta empunhada por você?

Escrever é um ato de tornar idéias, desejos e conhecimentos em palavras, poderosas palavras. Isso é algo que requer coragem e até um pouco de loucura.

Assim continuarei concedendo anistia a meus pensamentos, real ou abstrato, sentado em minha prisão com uma quantidade imensurável de folhas em branco, e uma lapiseira.

“Um escritor não publica livros para vendê-los, mas para parar de reescrevê-los”

(peço perdão aos autores das frases entre aspas, inclusive por eventuais mudanças e pela falta da sua identificação.. mas minha memória é fraca ><)