Isso chega até a ser cômico, enquanto grande maioria dos autores imploram a suas musas pela inspiração, eu me encontro aqui, com uma revolução de idéias na cabeça, pedindo liberdade em palavras digitais. Assim fico escolhendo qual idéia irei dar forma.
Então surgiu perante mim a palavra “escrever”. Enquanto sou preso a minhas idéias, percebi que elas também são presas a mim. São tão vivas quanto eu, sempre mudando, crescendo ou regredindo. E com idéias não falo somente de opiniões e “achismos”, mas também desejos, motivações, desgostos e tudo mais. Personagens que surgem, para eu gostar ou odiar, histórias hipotéticas e a vontade de torná-las reais. Sinto como se houvessem mil vozes em mim.
Então, para escrever, não procuro colocar apenas palavras em um papel.. procuro colocar essas idéias, libertá-las de mim, uma vez que sempre estarei preso a elas. Dizem que isso é ter inspiração, outros dizem que isso é ser louco (e até esquizofrênico). Eu digo que os dois estão certos, e nem me importo de ser louco.
“O que separa a loucura da genialidade é o sucesso”
Uma coisa que eu sempre aprendi, é que as palavras tem poder, sejam escritas ou faladas. Alem do poder de libertar as idéias da mente do escritor, elas guiam essas idéias até o leitor. Dependendo da idéia, isso pode ser benéfico ou nocivo. “Tudo que foi criado pelo homem será usado para seu bem-estar, assim como será usado para tirar vantagem dos outros”.
Palavras têm o poder de incentivar, assim como tem o poder de amaldiçoar. Por isso devem ser tratadas com o máximo cuidado. Alem de idéias, viajam pelas palavras as informações, os aprendizados, que está se mostrando a maior arma de evolução que a humanidade já teve.
Então a escrita é imensamente poderosa, porem desperdiçada.
Qual o medo de mostrar ao mundo suas idéias?
Qual o medo de realizar um “brainstorm” para fazer uma redação?
Qual o medo da reação do mundo ao que saiu de uma caneta empunhada por você?
Escrever é um ato de tornar idéias, desejos e conhecimentos em palavras, poderosas palavras. Isso é algo que requer coragem e até um pouco de loucura.
Assim continuarei concedendo anistia a meus pensamentos, real ou abstrato, sentado em minha prisão com uma quantidade imensurável de folhas em branco, e uma lapiseira.
“Um escritor não publica livros para vendê-los, mas para parar de reescrevê-los”
(peço perdão aos autores das frases entre aspas, inclusive por eventuais mudanças e pela falta da sua identificação.. mas minha memória é fraca ><)
"as palavras são as primeiras correntes as quais nos prendemos"
ResponderExcluirnão acho que seja loucura, afinal se admitir isso admitiria minha própria loucura, e louco sei que não sou.
ou sou.